Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas
no Estado do Rio de Janeiro

Segundo dados do CNPQ, até o ano de 2016 possuíamos 1517 linhas de pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, e por volta de 3500 pesquisadores atuando neste campo de conhecimento. Este número expressa boa parte da produção de inovação na nossa área de trabalho. Vale lembrar também que a revolução científica gerou um dos maiores ganhos sociais para a humanidade. A nota liberada pela CAPES a respeito da proposta orçamentária para 2019 deve ser vista por todos nós com grande preocupação. Preocupação não apenas pelo recorte de nossa categoria que muito ganha com os resultados das pesquisas científicas em nossa área como pelos arquitetos e urbanistas que trabalham e se dedicam ao campo da ciência. Vemos principalmente pelo olhar cidadão de ver uma nação cujo projeto político não trata com prioridade sua produção de conhecimento. É correto dizer que entre 2000 e 2018 o Brasil obteve um salto quantitativo no que diz respeito a centros de pesquisa, universidades e pesquisadores, também obteve um salto qualitativo, mesmo que timidamente, trabalhando e produzindo em todas as áreas de conhecimento. Também é notório o crescimento na relação com instituições acadêmicas e centros de pesquisa internacionais. Repudiamos qualquer corte de verba em educação e em produção científica, entendemos este tipo de atitude como uma perda política e desvalorização de um ativo público importantíssimo, o conhecimento de ponta. Os cortes de verba, e por sua vez das bolsas, corresponde também a um revés na relação de democratização do campo da ciência, deixando ao relento muito pesquisadores que dependem da mesma para produzir, entre estes inúmeros arquitetos e urbanistas que escolheram se dedicar a nobre carreira da academia e da pesquisa científica.